quinta-feira, 1 de agosto de 2013

WORLD RPG FEST 2013

Neste último final de semana (dias 27 e 28/07) tive mais uma vez a chance de ir para Curitiba e participar do WRF 2013. Apesar do frio do caralho, o evento foi muito bacana. Ver aquele pessoal que só converso pela internet, jogar muito e ver algumas palestras. Pelo menos era isso que eu pretendia.


Não sei se foi impressão minha ou eu que fiquei desligado sobre isso, mas as palestras não me interessaram tanto. Em 2012 acabei assistindo a palestra das editoras, o bate papo com o John Bogéa e, a mais esperada, a palestra com Monte Cook. Esse ano tinha Greg Bisland como o grande nome do evento e, pessoalmente não me atraiu muito. Outra que eu até queria ter visto, mas acabei perdendo a hora entre os jogos, era a do Percy de Montblanc um dos co-fundadores da Guilhotine Games, responsável pela criação do Zombicide. Por fim, a palestra das editoras, que esse ano foi o E AÍ? (Entretimento Analógico Independente) que contou com participação de todos os estandistas, mas como eram muitos, acho que o tempo ficou curto e acabou não tendo aquele bate papo entre os editores como houve ano passado e acabou sendo mais um espaço rápido para eles divulgarem o que vai ser lançado. Acabou que não pude assistir o E AÍ?, já que o Guilherme Moraes teve que ir participar e acabei ficando no Stand da Retropunk.


Então me restou jogar. No primeiro dia acabei só jogando Board e Card Games. Começamos com o Zombicide da Galápagos e Puta Que Pariu, que jogo foda. Eu já queria o jogo, mas minha dureza não me permitiu comprá-lo durante a pré-venda e depois de jogar lá acabei me endividando mais um pouco e comprando o jogo. Ele é bem dinâmico e estratégico, as regras são bem fáceis e me surpreendi com o suporte que há ao jogo. É possível baixar as fichas de mais personagens no site oficial da Guilhotine, assim como mais umas 30 missões (o livro de regras tem 10 missões).


Outro jogo que eu acabei jogando (mesmo já tendo jogado e comprado) foi o Runicards, que teve seu financiamento coletivo muito bem sucedido. Aproveitei para retirar minha caixa lá e jogar com algumas pessoas que não conheciam o jogo. Ele é um jogo com muito potencial e ótimo para aqueles dias que o mestre faltou ao jogo de RPG. Porém as regras são um pouco arrastadas no inicio, principalmente para quem nunca teve contato com jogos do gênero. Mas o visual é muito bom e as regras são facilmente digeridas depois de uma partida.



Um jogo que me surpreendeu muito foi o Contágio, da Esquina dos Mundos. Eu não havia participado do financiamento coletivo por duas razões. Primeiro tinha comprado muitos jogos e a grana estava curta. Segundo, a temática mais comédia não me interessava muito. Mas assim que joguei a primeira partida fui lá e comprei. E muitos outros fizeram o mesmo. Ele é rápido, ótimo para acabar amizades e bem simples. Depois acabei jogando mais umas duas vezes.


Tentei jogar o Selene, mas sempre que eu ia tava cheio, então o jogo deve ser bom.

No segundo dia minha intenção era jogar só RPG, mesmo que as partidas longas acabassem não me permitindo jogar tudo o que eu queria. Depois de ficar no Stand da Retropunk, acabei jogando o Beta Test do cenário Aliança do Topo do Mundo, para Savage Worlds e que deve ser lançado em breve pela Retropunk. Ele é um cenário medieval pós apocalíptico. Um meteoro caiu no Mundo e destruiu tudo, além de trazer estranhas criaturas chamadas de "Os Inimigos" que, depois de muita luta foram expulsos para o Sul. Mas como alguns recursos básicos estão escassos (comida, madeira, metais, minério) as pessoas tem se arriscar cada vez mais ao Sul.
O Cenário é bem cru, mesmo com os elementos tradicionais de High Fantasy e com excelentes subtramas para serem desenvolvidas. A partida foi rapidinha, mas bem divertida e conseguimos resolver nossa missão com sucesso. Eu acabei tomando dano e quase indo para a lona, por sorte gastei um benê para rolar Vigor e absorver o dano e depois fui curado pelo clérigo do grupo.

Depois disso fui montar minha mesa de Este Corpo Mortal. Fiquei com medo de não conseguir pessoas interessadas, já que é algo que foge dos padrões do RPG e muitos ainda ficam com um pé atrás. Até que apareceu um grupo querendo jogar algo mais narrativista, eram 3 jogadores de D&D e um cara que nunca havia jogado RPG de mesa, além do Igor Moreno, autor do Space Dragon que tem o livro, mas nunca teve a chance de jogar.
Começamos do inicio, montar ficha tema, personagens e tudo mais. Foi tudo bem rápido e eles acabaram jogando em um cenário de fantasia medieval onde a magia era algo inato e apenas poucos escolhidos nasciam com ela. Com isso, quem tinha magia era caçado e mal visto, algo bem X-men. Então aproveitamos essa semelhança para construir a história. Os jogadores eram treinados por um poderoso mago para usar suas habilidades para ajudarem a população, já que os dois reinos vizinhos estavam em guerra. E o grande vilão do jogo era outro mago (que no final se revelou ser ex-pupilo do mestre dos jovens) que era conselheiro do rei e estava controlando tudo para que a guerra continuasse.

Sempre digo que Este Corpo Mortal é um jogo dificil para o Mestre no inicio, mas depois, ele se torna quase um mero espectador. Ele tem que dar o pontapé inicial de uma história criada na hora sem nenhuma preparação, mas depois, os próprios jogadores vão adicionando fatos ao jogo e contando a história em conjunto.

O grupo adorou o sistemas, eles saíram da mesa já perguntando o preço do livro para comprar, e o cara que nunca havia jogado RPG de mesa saiu bastante satisfeito. O Igor disse que o sistema era mais fácil do que ele imaginou e com certeza ia reunir o pessoal para jogar. Enfim, tudo deu certo e pretendo escrever essa Estrutura de Campanha para colocar no site da Retropunk.

O saldo do evento foi bem positivo (exceto na minha conta bancária).


BEM VINDOS ou PARA QUÊ DIABOS EU PRECISO DE UM BLOG

Olá, sejam todos bem vindos a este espaço. Meu nome é Fernando del Angeles, para quem não me conhece sou um professor de história do Rio de Janeiro, RPGista inveterado, fã de quadrinhos e cinema. resumindo, sou um Nerd.

Eu já escrevei em alguns blogs de RPG para passar o tempo, como o finado Taverna do Goblin e no RPG do Mestre. Atualmente trabalho para a editora Retropunk na edição da revista digital Rolepukers - onde falamos dos títulos da editora - em algumas traduções - os vindouros Time & Temps, algumas Estruturas de Campanha para Este Corpo Mortal (jogo do qual eu sou o Editor), Swashbucklers of the 7 Skies e o Compêndio de Supers de Savage Worlds, além de ser o responsável pela divulgação da editora e da parte de eventos.
Este espaço vai ser o local onde vou extravasar minhas nerdices, falar de meus projetos, comentar sobre RPG e o que está rolando em meus jogos, quadrinhos, cinema e séries ou simplesmente postar material sem nenhuma coerência. Não irei tentar manter nenhuma regularidade nas postagens, conforme for aparecendo vontade de escrever eu escrevo.
Todos estão convidados a ler e comentar a vontade, afinal ideias sempre são bem vindas. Então se acomodem a aproveitem o que há de vir.